É cada vez maior o número de empresas que recorrem a soluções de predição e análise estatística. Até o final de 2020, o mercado de Business Intelligence e de Analytics vai atingir o total de 22,8 bilhões de dólares.
Ao contrário do que parece, o crescimento do cenário não prevê a automação irrestrita. Além das ferramentas corretas, é preciso contar com os profissionais especializados para utilizar recursos e interpretar informações.
Nesse ambiente de transformações, há o conceito de Cidadão de Ciência de Dados. A seguir, entenda melhor essa questão e descubra qual é a influência no mercado.
O que é Cidadão de Ciência de Dados?
No Brasil, o termo é novo. Internacionalmente, entretanto, a expressão “Citizen Data Science” já tem sido trabalhada desde meados de 2016.
De forma simples, o Cidadão de Ciência de Dados funciona como uma “ponte” no processo analítico. De um lado, estão os cientistas de dados, com uma expertise aprofundada e muito complexa. São os profissionais que compreendem, profundamente, modelos matemáticos, questões estatísticas e modelagens de informações.
De outro, está a abordagem prática, ou seja, as áreas de negócio para a tomada de decisão.
O Cidadão de Ciência de Dados é, exatamente, a ligação entre essas pontas, ou seja, a área de negócio e a ciência de dados. Trata-se de um profissional da área de negócio ou de Business Intelligence que utiliza ferramentas de software self-service, trazendo características ou capacidade de analisar as correlações entre variáveis, por exemplo, com os recursos de Inteligência Artificial.
A capacidade de execução de tarefas vai do modo básico ao moderado, mas suficiente para atender às principais demandas. É, de certa forma, quem “traduz”, simplifica ou permite o acesso ao uso de Analytics e BI.
Qual é a diferença entre um cientista de dados?
Os termos são relativamente parecidos, então é comum se confundir entre o Cidadão de Ciência de Dados e o cientista, propriamente dito. As nomenclaturas são diferentes, tanto quanto a forma de atuação.
O cientista é uma pessoa altamente qualificada, especializada e que conhece aspectos complexos. Ou seja, trata-se de um especialista em 3 principais áreas — estatística, tecnologia e negócio.
Já o Cidadão de Ciência de Dados, normalmente, tem outra responsabilidade. Um analista, por exemplo, pode desempenhar esse papel se tiver os conhecimentos necessários. A partir de um curso livre, já é possível atuar nessa função.
Eles não são mutuamente excludentes, portanto, podem até coexistir em um ambiente de trabalho. Enquanto, o Cientista de Dados fica com as tarefas mais complexas, que exige a aplicação de algoritmos avançados de Machine Learning, por exemplo, para entender o comportamento das diferentes variáveis, o Cidadão de Ciência de Dados trabalha no dia a dia do negócio.
Quais são as tendências?
Uma das maiores dificuldades no ramo de inteligência de dados é a falta de profissionais qualificados. A abordagem ainda é recente, então não existe uma quantidade suficiente de cientistas, justamente pela necessidade de aprofundamento na formação.
O Cidadão de Ciência de Dados, surge para resolver as demandas cotidianas da maioria das empresas. Como a capacitação é mais rápida, dá para prever que cada vez mais profissionais se encaixem nessa categoria.
Além de tudo, é possível esperar novas soluções self-service, o que estimulará a realização de análises progressivamente melhores e preditivas por parte desses profissionais.
O profissional de Ciência de Dados é uma figura importante na análise de grandes volumes de dados, diferentemente do Cidadão de Ciência de Dados, o profissional que atua com uma proposta intermediária e promete ganhar uma crescente relevância.
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